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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Catadores de alumínio e papel debatem reciclagem na capital paraense


Associação quer eliminar atravessador para aumentar lucro dos trabalhadores

Aproximar o catador de resíduos sólidos do destinatário final, substituindo os intermediários e elevando os ganhos na cadeia produtiva. Esta é a missão da Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas) para os próximos anos, ante a nova Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que passou a vigorar no ano passado. Para alcançar esse aumento nos ganhos dos trabalhadores que recolhem o material reciclável, a Abralatas decidiu realizar uma série de palestras em várias capitais do Brasil, como Belo Horizonte (MG) e Salvador (BA), discutindo a temática com catadores, empresários e prefeituras.
Ontem foi a vez de Belém, que recebeu o ciclo de debate intitulado "Erradicação da pobreza na Economia do Verde", onde foi tratada a situação do mercado de sucata de latas de alumínio a partir dos trabalhadores que catam os objetos recicláveis na Região Metropolitana de Belém. Mais de 150 catadores participaram do evento, que aconteceu na sede do Ministério Público Estadual, no bairro da Cidade Velha.
Conforme avalia o diretor executivo da Abralatas, Renault Castro, é preciso aproveitar a oportunidade gerada a partir do início da PNRS para levar às comunidades de catadores uma espécie de alerta. "Eles precisam ter uma participação maior na coleta destes materiais, que hoje, serve muito mais aos intermediários. São estes atravessadores que fornecem os resíduos às indústrias. Queremos criar mecanismos que resultem no fornecimento direto, sem a presença de intermediários", pontua, enfatizando que o preço a maior pago pela indústria vai beneficiar aos catadores. "As indústrias garantem maior fluxo de materiais e não somente as latas. Estamos interessados em contribuir com a qualidade de vida, e melhora para as comunidades a partir destas oportunidades", destaca. De acordo com dados da Abralatas, atualmente, entre 800 mil e 1 milhão de pessoas trabalham na atividade de catador de resíduo sólido em todo o país. Este mercado movimenta anualmente cerca de R$ 1,5 bilhão no Brasil.

Fonte: Jornal O LIBERAL
14/09/2011

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